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O Que Sobrou da Fórmula 1 de 2007?

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Terminou outra temporada da fórmula 1. Outra. Uma qualquer. Sem nada especial. Concordo com o Bruno. As corridas foram muuuuutio chatas. Os pilotos praticamente terminavam na mesma posição que começavam.

Não foram comuns as lutas por posições. Grande parte das ultrapassagens aconteceram com os pitstops. No GP do Brasil, o Raikkonen passou o Massa quando o brasileiro entrou nos boxes. A parada do piloto finlandês foi mais rápida que a do brasileiro, e pronto, ganhou a corrida.

Com as novas regras, a prova de classificação é, de longe, por muito, sem dúvidas, muito mais emocionante que a corrida em si. A prova de classificação para a corrida em Interlagos foi muito boa, emocionante até depois do último segundo. Pra que não sabe, funciona assim:

Parte 1: Todos os 22 pilotos poderão completar quantas voltas quiserem durante os primeiros 15 minutos. No final, os últimos seis pilotos serão eliminados e preencherão as últimas seis posições do grid.

Parte 2: Depois de um intervalo de cinco minutos, os carros restantes participarão de uma nova sessão de 15 minutos, e podem novamente completar quantas voltas quiserem. No final, os últimos seis serão eliminados e ocuparão as posições de 11º a 16º no grid.

Parte 3: Após mais um intervalo de cinco minutos, os dez pilotos restantes lutarão pelos dez primeiros lugares no grid. Os carros não terão limite de voltas durante a sessão de 15 minutos, mas terão de iniciar a sessão com a configuração de corrida, e não poderão mais ser reabastecidos, diferentemente das duas partes anteriores.

Fonte: Terra

Felipe Massa

Como todo brasileiro, eu estava torcendo pro Massa ficar na pole. Já na primeira parte ele fez o melhor tempo (o Barrichelo ficou eliminado já de entrada).

Para a segunda parte do treino, o tempo do Massa, ou de qualquer outro, não contava mais. Então, o Hamilton fez o melhor tempo.

Em cada uma dessas partes, muitos pilotos que pareciam que iriam ficar para a próxima, caíam fora nos últimos segundos, ou já depois de terminados os 15 minutos. Isso acontece, porque os pilotos têm o direito de terminar a volta que estão dando (mas não de começar outra). O tempo conseguido nessa volta também vale; assim, as posições podem mudar em questão de segundos, depois de terminado o tempo regular.

Na terceira parte da classificação, quando os 15 minutos já haviam terminado, Massa, Alonso, Raikkonen e Hamilton estavam na metade de uma volta. O brasileiro tinha o melhor tempo até então, mas a história não terminava, até que todos houvessem cruzado a linha de chegada.

Foi emocionante, com muito suspense. Eu não podia descolar da frente da tv. Por centésimas de segundo, ninguém conseguiu superar o Massa, que foi o último dos quatro em chegar. Ele acabou melhorando seu próprio tempo; a pole foi bem merecida. Eu achei todo treino muito bom.

A corrida foi chata, se decidiu com as paradas dos pilotos. Sim, quando os carros estão parados. 0_o Haja coração! Além das corridas serem chatas, teve toda essa palhaçada de espionagem, briguinha de garotos mimados, irregularidades na gasolina de carros de pilotos, que não lutavam pelo título mas que poderiam trocá-lo de mãos...

Kimi Raikkonen

Ao igual que o Bruno Carlos, odiei as atitudes das equipes e dos pilotos, que só pioraram algo que já estava ruim. Transformaram uma competição séria em uma novela mexicana (e das piores). O Bruno considera que o Raikkonen foi um justo campeão. Não acho. Comparto a opinião exposta no blog omundogira.com:

"Kimi Raikkonen venceu o GP do Brasil e é o novo campeão da Fórmula 1. Isto foi possível com o auxílio de Felipe Massa (caridade), pequena falha Lewis Hamilton, baixo desempenho do carro de Alonso e um erro estratégico da McLaren, o que na minha opinião foi o fator decisivo para o campeonato."

Só não concordo com isso de "caridade". Na verdade o Hamilton cometeu uma grande falha antes disso, que foi sair fora da pista na China. Com tantos fatores alheios ao desempenho do Kimi, dá pra dizer que ele foi um justo campeão?

Lewis Hamilton

Na minha opinião, o único que poderia ser chamado de "justo campeão" seria o Hamilton, se ele tivesse ganhado o GP da China, se consagrando campeão em forma antecipada.

Ele era o único que dependia de si mesmo, e não de uma série de erros dos outros.

No que todo mundo concorda é que essas picuinhas entre pilotos e equipes, junto com esse monte de regras que limitam tudo, estão estragando o Fórmula 1.

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Acho que ninguém ficou contente com o próprio rendimento neste ano, nem o Kimi. Tomara que isso tudo mude para a temporada do ano que vem. Aposto que o Massa vai se sair melhor!

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2 Comentários:

Anônimo disse...

Só pra lembrar ao autor deste texto, que o "se" não joga,não entra em campo e muito menos na pista.Venceu o piloto que tem por traz uma equipe unidada e exemplar como a Ferrari.O Kime foi o grande merecedor do título sim senhor.Evoluiu comforme a competição e não amarelou na reta final.O senhor Hamilton tem muito talento e muito o que aprender ainda.(Clayton)

Anônimo disse...

Não pense que eu estou defendendo o Hamilton, Clayton. Pessoalmente, não gosto dos novatos, por que a maioria pensa que é melhor que todos os pilotos que vieram antes que ele.
É verdade que o "se" não entra em jogo ou na pista. Porém, dizer isso não transforma o ganhador em merecedor do título.
O Hamilton tem muito talento, o Kimi também. Mas o finlandês só saiu campeão porque o britânico falhou nas duas corridas decisivas.
O Kimi fez a sua parte nessas duas corridas, mas ele não dependia apenas do próprio resultado, e fazendo um balance do ano, não se pode chamá-lo de "justo campeão". É apenas a minha opinião.

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