Um dos aspectos positivo do futebol, é que um resultado nunca está garantido. Mesmo quando joga um time com uma longa história ganhadora, contra um América de Natal qualquer.
Mas o que deixa triste e com raiva é que hoje em dia os resultados importantes são decididos na unha, e sob circunstâncias pra lá de suspeitas. Se o Cruzeiro, o Palmeiras ou o Flamengo, tivesse sido o rebaixado, diria apenas que achei bom.
Isso mostra, como mostrou antes com o Grêmio, meu time do coração, que ninguém está a salvo, seja grande ou pequeno. Afinal, tamanho não é documento, podem parar de se gabar da sua torcida.
Uma coisa que muitos jogadores renomados, times grandes e seus torcedores não conhecem é a humildade. Podem até dizer que sim, mas a verdade é evidente. Agora, vão ter que aprender na marra.
Se tratando especificamente do Corinthians, do Timinho (precisa explicar?), digo que fiquei feliz, pois justiça foi feita. Tarda mas não falha. Foi Karma. Voodoo dos torcedores indignados por 2005, entre outros anos, por diferentes razões.
Mas vamos falar a verdade. Que vexame aquelas cobranças de pênalti em Goiânia, hein? As duas primeiras cobranças o Clemer pegou, mas como ele tinha se adiantado, o juiz mandou fazer a cobrança novamente. E ai? Goleiro pra um lado e bola pro outro. O Juiz convalidou o gol. O Clemer novamente se adiantou, igualzinho que nas as primeiras vezes.
Veja os melhores lances de Goias x Inter, os gols e as cobranças da penalidade máxima no vídeo abaixo. É o show do pênalti!
Segundo a regra, o juiz não deveria mandar chutar de novo? Deveria. É o que diz o regulamento. Desta vez, como foi gol, não importa que o goleiro tenha infringido as regras? Claro que importa, e lei de vantagem não existe em cobrança de pênalti.
Pra mim, era melhor que o Corinthians fosse rebaixado, mas não as custas da dignidade do esporte. Tá bom, tá bom. Não precisa rir. Eu sei que algo como dignidade já não existe no futebol. Deixa pra lá.
Deboches, deboches e mais deboches à parte, eu acho que o nível do futebol desceu muito, geral e no mundo todo, e o problema maior é a inteligência, ou a falta dela.
Retrospectiva do Futebosta de 2007 (não-fanáticos abstenham-se)
Eu sou um tremendo fanático do futebol. Vejo algum jogo todo dia, as vezes até três ou quatro. O que vejo muito hoje em dia são atacantes que de cada 10 chances claras de gol que têm, erram 9 (Wagner Love, por exemplo). Volantes que erram 9 de cada dez passes que tentam (Kaká e Ronaldinho). Laterais que fazem 1 cruzamento decente de cada 10 que lançam. Zagueiros que fazem 9 faltas cada 10 vezes que saem pra marcar.
Eu acho que falta inteligência no jogador. Vejo muito volante disperdiçando chances, chutando de muito longe ao invés de passar a bola para alguém melhor posicionado. Algo que contribui à isso é que os homens de área se mexem muito pouco; muitos ficam parados esperando o passe, assim facilitam pro zagueiro adversário se antecipar e roubar a bola. O Wagner Love "joga" assim.
O pior de tudo são os técnicos. A maioria não sabe armar uma defeza, como por exemplo o seu Dunga. Contra o Uruguay, o gol do Brasil esteve à mercê dos atacantes charrúas durante todo o jogo. Ganhamos por pura sorte de ter dois caras que sabem o que têm que fazer: Julio César e Luis Fabiano. Nosso goleiro impediu uma goleada histórica do Uruguay no Morumbi, e o Luis Fabiano fabricou sozinho os dois gols, de duas bolas que vinham muito ruins.
Outro defeito de muitos técnicos é a teimosia. Todos vimos na Copa de 2006 a teimosia do Parreira, que tendo laterais bons, rápidos, jóvens com vontade de jogar como o Cicinho, insistiu em botar pra jogar o Cafu e o Roberto Carlos. Claramente, eles deixaram a idade tirar deles a vontade, e a inteligência pra jogar, sem falar da velocidade e os relfexos.
O Dunga deu a titularidade durante toda a Copa América na Venezuela pro Wagner Love. Qual foi o resultado? As poucas chances que o Brasil criava o Wagner disperdiçava. Quantos gols ele, que era o atacante titular, fez? Um. Um mízero gol quando o Brasil já goleava o Chile. Era o graaande atacante titular indiscutível salvando a seleção e definindo a partida.
Há pouco, acho que depois do jogo contra o Perú pelas eliminatórias, o Dunga disse que tirar um jogador naquele momento (segunda rodada) seria uma incoherência, que ele só faria uma mudança, se depois de seis ou sete jogos, o jogador não melhorasse.
Que esperto ele, não? Em um campeonato curto, como uma Copa América ou uma Copa do Mundo, o máximo de jogos que uma seleção vai disputar são sete. Então, se depender dele o Brasil joga mal todo o torneio. Ou seja, até onde chegar...
Realmente disfruta de uma partida de futebol se tornou coisa rara. Um jogo tem mais catões amarelos e/ou vermelhos do que gols. Ha maior número de faltas do que jogadas bonitas. Tudo porque os jogadores não pensam no que estão fazendo, e o técnico não sabe como fazer os caras jogarem.
O Dunga foi um grande capitão, um dos melhores da história do futebol mundial. Mas agora ele aparece todo bonitinho, bem vestido e comportado ao lado campo como se fosse um mero espectador. Ele era assim em campo? Não. Ele corria, gritava com seus companheiros, incentivava eles a jogar, a se esforçar e a se concentrar.
Agora, ele grita menos pros jogadores que os torcedores, os jogaodres ouvem mais a voz das velhinas na arquibancada do que a dele. Ele é o mesmo líder que antes? Claramente, não. E o pior de tudo é que ele não sabe, não sabe mesmo, armar uma defesa. Não estou falando de botar o time na defensiva, estou falando de defender o suficiente pra não ser atropelado pelo adversário.
E escolheram ele para dirigir a seleção nos jogos olímpicos do ano que vem. Já vi que a vamos ter de esperar quatro anos mais por essa medalha de ouro.
Enfim, futebol não é só treinamento físico. Se a cachola ficar em desuso, o time acaba sendo curinthiado. Digo, rebaixado.
O post ficou longo, mas é porque é uma retrospectiva básica do ano, desde o meu ponto de vista, óbvio. Espero sofrer menos em 2008. Deu pra notar que eu sou fanático do futebol?
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