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Gandhi - Traumatizado Pelo Sexo

terça-feira, 25 de março de 2008

Sobrou até pra ele neste blog. Como todo mundo sabe, Gandhi lutou, de forma pacífica, pela liberdade do seu povo, pela igualdade e pelos direitos da mulher. Ele era contra o uso de drogas (concordo) mas também contra o consumo de álcool! Ah, não! "Mim não funcionar sem cerveja" (Homer Simpson).

Pior do que isso só o celibato. O Gandhi passou trinta anos sem sexo! Mas ele não foi sempre "puro" e acho que a razão que fez ele renunciar ao sexo não é simplesmente espirutual, como se crê.

Outro dia vi um documentário sobre o Mahatma Gandhi. Como é tradicional naquelas bandas, os casamentos são arrumados pelos pais, e as crianças (Gandhi casou com 13 anos) não podem chiar. No caso dele foi ainda pior, pois não foi informado do próprio casamento, do qual só tomou conhecimento quando começaram os preparativos.

Apesar disso, pode ter certeza de que ele aproveitou o casamento. Imagina o guri (qualquer guri, na verdade) com 13 anos tendo um corpinho feminino da mesma idade a sua inteira disposição? No que podia dar? Em um adicto ao sexo! Gandhi era um sexólatra. Ele mesmo diz isso em sua autobiografia (não com esas palavras, obviamente).

"Gandhi detestava o fato da esposa ser analfabeta (não sabia ler e escrever pois nunca foi a escola). Ele queria ensina-la a noite, após voltar do colegial (Gandhi continuou os estudos mesmo após o casamento), mas seu desejo sexual era imenso e ele não conseguia se conter, transando com ela até altas horas da madrugada, assim, não sobrava-lhe tempo para ensina-la a ler e escrever." (fonte)

Ele não podia controlar seu desejo sexual, o que seria vital pro resto da sua vida e dos que o seguiram. Quando Gandhi tinha 16, o pai dele, Kaba, ficou muito doente. O guri chegava da escola e todas as noites cuidava de seu pai, trocava os curativos e fazia-lhe massagem nas pernas. Ele já havia engravidado a esposa. Segundo ele, enquanto cuidava do pai, a única coisa que lhe vinha a mente era transar com a mulher, mesmo esta estando grávida. Adivinha o que aconteceu?

"Uma noite, assim que acabou de cuidar do pai, foi direto para seu quarto, acordou a esposa grávida que já dormia profundamente e começou a transar com ela como de costume. Após cerca de somente 6 minutos no bem-bom, batem na porta de seu quarto para avisar que seu pai acabava de falecer."

No documentário que assisti, os hindús disseram que o maior desejo deles é estar ao lado do pai na hora da morte do progenitor, para poder reconfortá-lo. Também é o desejo do pai ter o filho ao lado nesse momento. Eles dizem que é um grande mistério, como um ritual de passagem, pois daí em diante o filho terá as rédeas da família e dos negócios.

Nesse momento tão importante Gandhi falhou, não apenas com ele mesmo mas também com seu pai. Como ele mesmo disse, é uma mancha que ele nunca pôde apagar. Talvez isso fosse a pior coisa que podia ter-lhe acontecido. Isso ele conta em sua autobiografia, no capítulo "A Morte de Meu Pai e Minha Vergonha Dupla". Tire suas próprias conclusões.

"Para piorar o estado de culpa de Gandhi, o bebê, após nascer, viveu somente 4 dias, morrendo em seguida, o que o fez sentir como se fosse um castigo divino por sua falta de controle."

Resultado? O celibato. Como você pode ver, a renúncia do Mahatma ao sexo foi o resultado de uma série da fatos infelizes. Ele ficou traumatizado por tudo o que havia sucedido. Na minha humilde opinião, ele não soube separar as coisas. Ter ido transar quando o pai dele estava a beira da morte foi algo horrível. Mas isso não quer dizer que o sexo em si seja ruim. Há uma hora e lugar para tudo. Ele foi de um extremo ao outro, do sexo desenfreado ao celibato. Dá a impressão de que essa atitude partiu do trauma emocional dele e não da meditação.

É certo que o Gandhi nem sempre foi "santo". Quando adolescente, roubava dinheiro regularmente do empregado doméstico que trabalhava em sua casa para comprar cigarros. Roubava e fumava. Porém, isso não opaca o que ele fez depois. Os erros que cometeu transformaram-no no Mahatma (grande alma), no líder político e espiritual que ele foi. Excetuando a parte do sexo, onde ele errou, ao meu parecer.

O documentário eu vi no canal Infinito e também tirei informações do site Indi(a)gestão, blog da professora Sandra Bose, brasileira residente na Índia desde 1999. Se você quer saber mais sobre Mahatma Gandhi, visite o blog dela. No arquivo do blog (está na coluna da direita), entre Maio e Junho de 2007, você encontrará uma série de post sobre a autobiografia dele.

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4 Comentários:

Anônimo disse...

Sua experiencias de vida serviram como caminho de sua evoluçao extraordinária como ser humano. Ter a noção do complexo mundo q evolve a sexualidade com tao pouca idade seria algo talvez um pouco demais para cobrar. Se alguem acha fácil o celibato que então o faça, eu mesmo sei q nao sou capaz. Esse homem mudou geraçoes e tb a meneira de pensar de uma nação. Acho q ele pode ser perdoado por suas falhas adolescentes.A única revolução possível é dentro de nós.

Anônimo disse...

Que moral poderá ter um indivíduo para condenar um jovem adolescente e as suas necessidades sexuais... que moral poderá ter um indivíduo para especular meticulosamente sobre uma personalidade que se absteve de si mesmo, e que na vida aquilo que mais procurou foi se aperfeiçoar... Sei que a intenção da sua observação não é de caracter maligno, no entanto acho que esse tipo de elacções não lhe ficam bem. 1º porque a vida é um caminho de aprendizagem incessante e o facto de voce vasculhar pormenores da vida de outra pessoa e de um seu passado remoto para insurgir com resoluções que voçe considera junto do seu ego, como satisfatórias, são na verdade um sinal da sua pouca maturidade em questões de compaixão e aproximação indulgente ao ser humano. Ghandi certamente sofreu muito com a morte do pai e depois com a morte de seu filho ao 4º dia de vida. Ser arguto o suficiente para definir estas como as causas de sua abstenção sexual, são conclusões de uma simplicidade mediocre e vulgar. A vida é aprendizagem, devemos focar na nossa personalidade procurar a perfeição nela, e ser indulgentes para com os outros e tal como o próprio Ghandi, disse amarmo-nos sempre.


Paz para si e para todos nós

Anônimo disse...

Não acho que tenha sido uma conclusão mediocre ou vulgar, porém devo acrescentar que no advento da morte da esposa gandhy proibiu que ela se medicasse alegando a religião mas quando o próprio se viu com malária só seguiu as restrições religiosas por 3 semanas e entregou os pontos para se salvar. Bem justo esse homem que ja não era mais um adolescente como discutimos acima.

Anônimo disse...

Você acha que uma alma reflexiva como gandhi tenha ficado a vida inteira em celibato simplesmente por esse trauma?

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